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domingo, 15 de agosto de 2010

ESPORTES COM PABLO MACHADO

Olá amigos leitores do blog do JORNAL FRIBURGO ACONTECE nesta edição do mês de agosto estaremos dando destaque para nossa história futebolística, recordar é viver! 



A BIOGRAFIA DE UM CRAQUE FRIBURGUENSE


A grande paixão nacional, o futebol, sempre foi motivo de orgulho para nosso país. Somos o maior celeiro de craques, exportamos jogadores como nenhuma outra nação, sem falar no peso cultural que ele representa para o Brasil, assim como o samba e o carnaval. Por isso, o futebol sempre foi um dos melhores meios para orientar nossos jovens e educa-los para uma vida em sociedade.

No entanto, os últimos acontecimentos em torno do esporte mais popular do mundo, como o envolvimento do ex goleiro do Flamengo, Bruno, em um assassinato, ou até mesmo o caso do jogador francês Franck Ribéry, suspeito de manter relações com uma menor, nos deixa com a necessidade de relembrar todo o contexto do futebol. Principalmente para mostrar aos nossos jovens e crianças que, mesmo o futebol estando presente nas páginas policiais, tem grandes ídolos que devem ser lembrados além de serem exemplos dentro e fora dos campos.

Como é o caso do friburguense Leir de Oliveira, mais conhecido como Filó, que usou sua habilidade com a bola apenas para alegrar, emocionar e trazer orgulho aos friburguenses por ter divulgado o nome de nossa cidade através do esporte por tantos anos.

A história de Leir de Oliveira começa como a de muitos meninos que sonham ser jogadores de futebol. Jogando nas ruas, usando calçados como traves, bolas feitas de papel e nos pés descalços, apenas a fome de bola. Estimulado pelo Padre Marquinho, que ia a pé do Colégio Anchieta até Duas Pedras levando bola e faixas para separar os times da garotada ele começou a ser notado. Ainda aos 11 anos foi levado pôr Antonio Rapiso, irmão do Rapiso do Friburgo F. C., para treinar no E.C. Filó, onde, pela primeira vez, calçou uma chuteira.

Em 1965, Leir foi convocado para a seleção Friburguense na partida contra a seleção do Estado do Rio de Janeiro, realizada no Estádio Caio Martins, em Niterói, e atuou ao lado dos craques da cidade como Chiminga, Paulo Banana, Rapiso, Joaninha, Neném (Rudilardo), Jesus, Maneca, Gabriel.

Quase todos os domingos o Leir era escolhido como craque da rodada pelo programa esportivo da Rádio Sociedade de Friburgo comandada por Rodolfo Abud e Rostain. Isso despertou interesse de várias equipes do antigo estado da Guanabara como Botafogo, Fluminense, Bangu, entre outros.

Em 1966 apareceu o representante do América F. C, Senhor Russo, Time para o qual o pai de Leir, Srº Nelson (Mascote), torcia, e acabou sendo convencido a liberar o filho para o clube. No América o Leir passou a ser chamado de Filó, por conta da dificuldade dos jornalistas para entender seu nome, resolvendo então, chamá-lo pelo nome da equipe da qual acabara de sair. Com muito orgulho ele passou a representar sua cidade e principalmente o E. C. Filó.

Ele atuou pela equipe do América de 1966 até o início de 1970, teve uma curta passagem pelo futebol do Espírito Santo, mais precisamente na Desportiva Ferroviária e depois Caxias F. C., mas retornou para o Rio de Janeiro, onde vários clubes disputaram seu passe, novamente.



                                      Filó jogando pelo América F.C, jogo contra o Fluminense F.C. em 1968.

Jogou pelo São Cristóvão F. R., mas logo foi transferido para o Bangu A. C. Viajando com essa equipe para a realização de vários jogos amistosos pelo Brasil. Foi quando surgiu o convite do futebol do América do México o ex craque do Flamengo Leon, que se tornara empresário, foi quem o convenceu a aceitar a proposta e se transferir para a cidade de Ponta Grossa no Paraná, onde atuou pela equipe da Pontagrossense que na época era composta por vários jogadores do Palmeiras, S. Paulo, Botafogo de Ribeirão Preto, Internacional de Porto Alegre - RS, formando uma verdadeira Seleção para disputar o Campeonato Paranaense. Ao fim do Campeonato, seu passe foi novamente disputado por várias equipes como o Atlético Paranaense, Juventos, Joinvile e Colorado, mas foi para o E. C. Pinheiros que hoje, juntamente com o Colorado, tornou-se Paraná Clube. Naquela equipe ficou por um bom período e conquistou o título de campeão em duas temporadas sendo uma delas pelo Torneio José Milane.

Paralelamente a sua carreira futebolística, Leir de Oliveira, se destacou em Nova Friburgo através do samba. Em 1984, participou do concurso de Sambas de Enredo do G.R. Vilage no Samba, cujo tema foi: “O Casamento dos Deuses na Terra da Esperança”. E após anos sem conquistar o titulo de Campeã a Vilage teve o melhor samba de enredo da cidade; melhor carnavalesco e muitos outros títulos.

Mais tarde, foi tri-campeão de Sambas de Enredo do G.R.Vilage no Samba tornando-se componente da ala de compositores da Escola de Samba Tradição, além de compositor do G.R.E.S. Unidos de Santa Cruz, podendo aprender mais sobre o samba carioca e levar seus conhecimentos para o carnaval friburguense.

Após todas as conquistas que teve, tanto no futebol quanto no mundo do samba, deu inicio a novos projetos envolvendo o futebol, mas dessa vez fora dos campos, criando e coordenando várias escolinhas de futebol de salão levando o esporte para muitos jovens e crianças.

No Rio de Janeiro, criou a Escolinha de Futsal e Handebol do Filoh, coordenou a escolinha de futsal no Braz Country Clube que disputou o Campeonato Carioca de Futebol de Salão. Nesta mesma escolinha descobriu e treinou o Wilsinho que hoje é o Wilson goleiro do Figueirense de Santa Catarina. Levou seu projeto da escolhinha para a Associação dos Servidores Civis da Aeronáutica (ASCAER), na Ilha do Governador, lá ajudou a preparar as crianças das equipes fraldinha, pré-mirim e mirim com apoio do presidente Aldonei e demais colaboradores dando-lhes base para participar de competições. Desse trabalho, surgiram Diego Souza do Atlético Mineiro, conhecido na época como Diegão, Fabiano Oliveira ex-Flamengo, goleiro Gilberto e outros mais que se destacaram tanto no futsal quanto no futebol de campo.

Durante esse período, mais precisamente de 1966 a 2004 Leir de Oliveira, também chamado de Filó colecionou muitos troféus e medalhas por tudo que representou no mundo esportivo além dos troféus e menções honrosas pelo seu desempenho na área cultural e social, o que prova que ainda temos muitos nomes para serem lembrados dentro e fora dos campos como verdadeiros ídolos. Que nossa juventude tenha nesses ídolos do passado o exemplo para o seu comportamento dentro e fora de campo.

Por Pablo Machado

6 comentários:

  1. Como é bom saber q nossa memória é resgatada por veículos de comunicação com esse, parabéns e emocionante, relembrei de mminha infancia vivida junto a esse grande amigo q há muitos anos não o vejo, parabéns Pablo e saudade Filó.
    abraços do amigo João Carlos

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  2. Realmente é uma memória resgatada de um grande amigo e profissional. Tive o prazer de conviver com uma pessoa tão querida e admirável. É difícil personalizar em palavras! Infelizmente perdemos o contato com este grande amigo a muitos anos, mas continua em nossos corações. Somos de Curitiba-Pr e espero novamente reencontrá-lo. Pablo formidável matéria e temos uma imensa saudades de nosso compadre e sempre Filó.
    Abraços dos amigos Neide e Cláudio.

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  3. Alguém tem o contato do Filó? Queremos reunir a turma do futebol de areia e não conseguimos o contato dele.

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  4. Há anos quero entrar em contato com Leir. Sou de Curitiba. Peço ajuda a você, Pablo, para localizá-lo. Minhas cartas retornam e não conheço mais ninguém da família. Grata por qqer informação

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  5. Pequeno gigante! Esse é Leir de Oliveira.
    A mais de trinta anos que não tenho notícias. Estou em Curitiba. Alguém tem notícias dele? Sabem onde posso encontrá-lo?
    Vera Mokfa

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  6. Pequeno gigante! Esse é Leir de Oliveira.
    A mais de trinta anos que não tenho notícias. Estou em Curitiba. Alguém tem notícias dele? Sabem onde posso encontrá-lo?
    Vera Mokfa

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